Quanto você fala mal do seu colega?

Perceba que fui bem incisivo em usar “quanto” e não “se”. Pois é nítido que colegas “falam” dos outros muito mais do que deviam. Você pode ser exceção, parabéns!

Falar dos outros, mal, é ruim de todos os ângulos. E o que seria falar mal? Há colegas que acreditam que se outro profissional errou “a olhos vistos”, ele tem direito de criticar. Não! Você deveria pensar 25 vezes antes disto. Em primeiro lugar porque você também erra, só não sabe, ainda! Se seu egocentrismo e arrogância forem altos, nem se fala! Aliás, se você for assim, todo mundo sabe, reparam, comentam. Somente não a você!

Criticar procedimentos, condutas, diagnósticos, tratamentos alheios traz outro malefício: o cliente percebe e mesmo quando ele parece dar razão a você, no fundo ele irá condenar você! Ele percebe sua falta de ética, ele começa a formar opinião sobre seu caráter. Pense de maneira oposta. Mesmo quando o cliente o induz a falar mal da outra pessoa, está bravo, chega criticando conduta alheia, e mesmo tendo ele razão, pois pode ter ocorrido alguma imperícia, imprudência ou negligência: cale-se! Você não entra de nenhuma maneira na conversa do cliente, assim, mais tarde o seu comportamento será visto como de caráter ilibado de sua parte. É altamente positivo você “treinar” sua língua, controlar seu ego, raiva, indignação para não criticar. Aliás, gente crítica costuma ser Sadim, negativa. Note que estas pessoas são conhecidas por sua personalidade tendendo a negativa. É triste. Mais ainda se esta pessoa é você, e você ainda não se deu conta! Converse com pessoas a seu redor. Peça para seus funcionários escreverem de forma não identificável se você é crítico em demasia, antiético. Os resultados são por sua conta e risco. Boa sorte!

Marco Antonio Gioso
FMVZ-USP

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